Um mundo cheio de razão...
O que parece ser um denominador comum é a falta de compreensão verdadeira, sem uma disposição para o
Um mundo cheinho de razão! O mundo e as pessoas estão cheias de opiniões e ideias, e a delas prevalece. O que parece não prevalecer é o senso comum e a capacidade de ver o outro lado. Apontam-se dedos a este e aquele. Ódios que se levantam só porque sim, sem argumento ou fundamento, ou porque se leu nos jornais. Às vezes é bom observar e ver o que andam as pessoas a pensar… As histórias têm dois lados, os factos existem e as ideologias estão ao rubro…
Inocentes sofrem de um lado e do outro em tantas partes do mundo. E não só com armas se guerreia. O Ocidente é prova disso, e a decadência e a impossibilidade de se livrar de um passado velho criam manobras de diversão, vítimas e ideologias… Insiste-se em ver o mal que se fez, não se vê o presente e o quanto as sociedades mudaram… quando se cruzaram… Não se olha ao futuro… ainda apenas se apontam dedos. Ah, este fez isto e aquilo. Podemos fazer juntos agora?! Vêem-se politiquices, ouçam-se as pessoas de todos os lados.
A propaganda é altamente especializada; se não se ouvirem todas as partes, não se chega a entendimentos. E as partes não são políticas. Todos têm razão, a sua razão. Contudo, não são razões, são realidades culturais e crenças. Contudo, para quem lá está no topo, contam as agendas… E as agendas estão ocupadas… Eles não vão mudar, cabe a cada um… mas isso vai levar tempo… demasiado tempo…
Quando as histórias não se veem no seu extenso contar, fica-se preso apenas a uma versão? E se conseguíssemos ver o outro lado? Se conseguíssemos admitir que defendemos causas nas emoções e sem grande entendimento delas? Em causa está o ser humano? O mundo acabou? Tal como o conhecíamos, sim… talvez, parece… não sei, ando meio perdida…
Vem aí um mundo novo, vamos ver qual a ideologia que ganha desta vez. Qual o império que vai brilhar e nos deixar todos de boca aberta?! Vai ser difícil deixar contar as histórias deste século… ou será apenas como nas séries… temporadas entre guerra e paz. Que belo vai o mundo.
E acabei de ler no Google que menstruar não é exclusivo de ser mulher… bolas! Já nem se virar homem me livro disto!
A ideia de que "todos têm razão" é algo poderoso, mas ao mesmo tempo perigoso, porque, no fundo, a realidade cultural e as crenças de cada grupo acabam por se tornar "razões" que se opõem em vez de serem compreendidas. As narrativas são poderosas, mas também muitas vezes simplistas, e quando olhamos apenas para uma delas, como disseste, ficamos presos a uma versão incompleta da história.
Ideologia. Não é apenas política, é muito mais do que isso. São identidades, histórias, sistemas de crenças que vão muito além do simples rótulo de esquerda ou direita, conservador ou progressista. E a propaganda, ou melhor, a manipulação da informação, torna tudo ainda mais difícil. A tecnologia, com o Google e as redes sociais, espalha informações de maneira tão rápida e abrangente que é quase impossível separar a verdade das interpretações, das agendas e das emoções que estão por trás de cada mensagem.
O mundo está sempre em movimento, mas nem sempre para um lugar melhor. Os ciclos de guerra e paz têm sido constantes ao longo da história, e parece que estamos apenas a tentar encontrar um novo equilíbrio, enquanto as velhas estruturas continuam a arranhar-se umas às outras.
E no meio de tudo isto, as questões mais simples, como a identidade, a biologia e as definições que tomamos por garantidas, estão a ser desconstruídas. Brinca-se, mas a ideia ideia básica de "ser homem" ou "ser mulher" já não ser clara, gera uma desconexão entre como entendemos o mundo e como ele realmente é. O riso, neste caso, alia-se a um forma de lidar com um mundo que está a mudar de formas tão rápidas e intensas.
É complicado, não é? Mas talvez o caminho seja precisamente esse: tentar ouvir as múltiplas histórias, admitir que não temos todas as respostas e, de alguma forma, aceitar que há muitas razões, ou realidades a coexistir ao mesmo tempo. Isso não significa não agir ou não buscar soluções, mas talvez começar a questionar as soluções simplistas e as narrativas únicas.
Prespectivas profundas e complexas sobre o estado atual do mundo, numa mistura de frustração, reflexão e humor na forma de ver as coisas. E não é de admirar, considerando o turbilhão de ideologias, narrativas e ideais que nos rodeiam.
Fica o pensamento… será que, no final das contas, o que estamos a precisar é de mais empatia e menos julgamento? Mais disposição para ver o outro lado, sem tentar encaixar tudo num molde pré-existente?